terça-feira, 15 de janeiro de 2013

PARABÉNS AGENTES PENITENCIÁRIOS DE PERNAMBUCO PELOS 20 ANOS


Há 20 anos, no dia 14 de janeiro de 1993, foi sancionada a Lei Estadual nº 10.865 que “criava” o cargo de Agente de Segurança Penitenciária. Na verdade a nossa profissão é uma das mais antigas e remanescentes da humanidade, a qual tinha nomes medievais como “carcereiro” e “guarda prisional”.
A lei trouxe questões como o ingresso na carreira mediante aprovação em concurso público, aproveitamento de Agentes de Polícia, por opção, e ainda a prerrogativa de ter o mesmo vencimento e vantagens previstos no Estatuto dos Policiais Civis do Estado, e gratificação de 30% do vencimento, a mais, pelo exercício de atividade de segurança penitenciária.
Hoje compomos o rol da segurança pública nacional, conforme a Lei Federal nº 11.473/2007 e estadual, conforme a Lei Complementar nº 066/2005 (subordinados a SDS), sendo um serviço considerado imprescindível a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas, conforme a Lei das Greves nº 7.786/89. Além disso, o serviço de inteligência penitenciária é bastante conceituado, sendo um enorme colaborador com a prevenção e elucidação de crimes.
Interessante ressaltar, que os Agentes Penitenciários de Pernambuco, ao longo dos anos, foram uns dos primeiros, no país, a trabalhar na escala de 24h de trabalho por 96h de descanso e possuir em sua funcional o “livre acesso a casas de diversão”. Hoje, somos cerca de 1,5 mil no estado, número que supera o de escrivães (630) e Delegados (480), mas não, ainda, o de Agentes de Polícia (três mil), para mais de 25 mil detentos, quando, por resolução do CNPCP, deveríamos ser, no mínimo, cinco mil.
No Brasil, somos mais de 70 mil, e temos conseguido importantes vitórias como o adicional por insalubridade, por Agentes do Paraná, e aposentadoria com 25 anos de serviço, conforme reconheceu o STF em ação movida pelos Agentes de Rondônia, com base no art. 40 da CF e art. 57 da Lei da Previdência. Nada mais justo, visto que exercemos a 2ª profissão mais perigosa e estressante dentre as elencadas pela OIT, e uma das poucas que acumulam periculosidade e insalubridade ao mesmo tempo.
Ainda sim, a outra importante batalha em favor dos agentes penitenciários: a de se tornar Polícia Penal, com a aprovação da PEC nº 308/04, que se encontra parada na Câmara dos Deputados.
Sem dúvidas, somos guerreiros e imensos colaboradores para com a sociedade, e merecedores de inúmeros benefícios, como salário digno, dia do agente penitenciário estadual e outras honrarias conquistadas em outros estados. Sabemos da nossa capacidade de vencer barreiras e de obter o devido respeito, e, por isso, vamos continuar a batalhar por tempos melhores.
Por Enio Carvalho

Bolsonaro critica veto a porte



O veto integral da presidente Dilma Rousseff ao projeto (PL 5982/09) que autorizava o porte de armas fora do serviço a agentes penitenciários e guardas prisionais não foi bem recebido pelo autor da proposta, deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Segundo ele, com o veto, publicado nesta quinta-feira (10), 80 mil trabalhadores vão continuar à mercê de pressões de criminosos nos presídios brasileiros.
Na opinião de Bolsonaro, o porte de arma garantiria a segurança das famílias de guardas e agentes, ameaçadas constantemente. “Esses profissionais têm uma vida muito vigiada. É comum ouvirmos um presidiário falar para um agente penitenciário: ‘olha, você mora em tal endereço, tem uma esposa que se chama tal e três filhos que estudam em tal escola. Se não deixar passar determinado produto para mim, já sabe qual será consequência’. Mesmo com essa pressão toda, o agente não pode ter um simples revólver 38 ou uma pistola 380?”, indagou.
O agente penitenciário tem a função de vigiar e garantir o cumprimento das normas do estabelecimento prisional. É o profissional que escolta os detentos e zela pela segurança de funcionários e visitantes no presídio. Atualmente, a permissão para o porte de arma fora do expediente alcança vários setores da segurança pública. Integrantes das Forças Armadas, policiais federais, agentes vinculados à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e à Presidência da República são alguns dos beneficiados.
Fonte - camaranoticias